quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Diários de uma Fronteira - Preâmbulo e Capítulo Um

Diários de uma Fronteira - Preâmbulo e Capítulo Um

Diários de uma Fronteira

Romulo V. Braga

á castora.

Isso é uma história de ficção.

Preâmbulo

Leitor... Eu espero, faço, imagino e penso. Qualquer coisa é vida.

Escrever é sinceridade que o cinismo não consegue alcançar.

Essa trajetória...

Diante de olhos estranhos, há crédito perante a vida e os outros homens?

A reposta é: tempo. Fazer o que se permite ser possível, sob a pena do Nada.

Tudo foi história, e nada estava errado.

E eis tudo.


Capítulo um.

Numa noite, sozinho no meu quarto, eu estava lendo ou escrevendo algo, quando minha irmã me disse:

- Você tem certeza?

Olhei para trás e a vi parada perto da porta. Seus olhos estavam cerrados naquele ponto que quer mostrar preocupação, e havia uma luz laranja ao fundo:

- Por quê? – perguntei.

- Por que você vai fazer isso?

Eu respondi que nada mais me interessava na vida a não ser conhecimento em geral. Eu costumava a dar essa resposta nessa época. Era a frase de um pensador inglês. Cinco anos depois, porém, todo aquele conhecimento parecia inútil, apesar de pesado. Eu estava tão burro como sempre.

E preguiçoso.